O conflito na Síria entra em seu
quinto ano e as condições de vida deterioram-se em uma escala alarmante, para
os milhões de refugiados sírios em países vizinhos, assim como para os
deslocados internamente no país. Segundo informou a Agência da ONU para Refugiados
(Acnur), essas pessoas estão sujeitas a um futuro incerto e sem apoio
internacional suficiente.
Sem uma solução política para o
conflito em vista, a maior parte dos 3,9 milhões de refugiados sírios na
Turquia, Líbano, Jordânia, Iraque e Egito não têm perspectiva de voltar para
casa em um futuro próximo, e têm poucas oportunidades de recomeçar suas vidas
fora de seu país. No Líbano, pelo menos metade dos refugiados sírios vivem em
moradias inapropriadas, sem qualquer segurança – 30% a mais que no ano passado
-, o que demonstra o desafio constante de mantê-los seguros e aquecidos. Uma
pesquisa com 40 mil famílias sírias que vivem em áreas urbanas da Jordânia
revelou que dois terços deles estavam vivendo abaixo da linha da pobreza.
O Alto Comissário para
Refugiados, António Guterres, reiterou que muito ainda precisa ser feito para
retirar os sírios do pesadelo em que vivem. Segundo ele, após cinco anos, as
economias dos refugiados já se esgotaram e um número crescente tem recorrido
recorrendo à mendicância, à prostituição e ao trabalho infantil.
Guterres defende que a pior crise
humanitária desta era deveria gerar um clamor global por apoio, porém, segundo
ele, a ajuda está diminuindo. Com os apelos humanitários sistematicamente
subfinanciados, não há ajuda suficiente para atender as enormes necessidades
Além disso, o Alto Comissário
explica que, com o massivo fluxo de refugiados sírios durante os últimos quatro
anos, a Turquia tornou-se o país com o maior número de refugiados da crise
síria, investindo mais de 6 bilhões de dólares em assistência direta a eles.
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Com informações de Nações Unidas
do Brasil