Extremistas decapitaram um grupo
de 15 homens e fuzilaram outro em
imagens aparentemente gravadas na Líbia.
Um novo vídeo divulgado neste
domingo pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) mostra a execução de 30
cristãos etíopes na Líbia. A filmagem segue o padrão de propaganda dos
extremistas e apresenta as vítimas caminhando em fila, vestidas com uniformes laranja,
antes de serem assassinadas. Os homens foram executados em duas localidades.
Quinze cristãos foram decapitados em uma praia e outros quinze acabaram
fuzilados em um campo aberto.
À câmera, um homem encapuzado
afirma que todos os cristãos da região terão um destino semelhante se não se
converterem ao Islã. "O sangue muçulmano que suja as mãos de suas
religiões não é barato", disse. "À nação da cruz: Nós estamos de volta!"
O logotipo da al-Furqan, o braço de propaganda do EI, está presente no vídeo,
indicando que os massacres foram cometidos pelos terroristas da organização
jihadista. A filmagem é bastante parecida com as imagens de 21 cristãos coptas
egípcios decapitados pelos radicais em fevereiro, na Líbia.
O presidente do Egito, Abdel
Fattah Sisi, determinou em fevereiro que o Exército atacasse os domínios do EI
na Líbia em retaliação ao assassinato dos cristãos coptas. A presença dos
terroristas no país africano é mais um desafio imposto à coalizão internacional
chefiada pelos Estados Unidos. A aliança militar tem efetuado uma série de
bombardeios contra as posições dos jihadistas na Síria e Iraque, onde o grupo
assumiu o controle de diversas cidades e proclamou um califado islâmico. Na
África, no entanto, as intervenções são escassas. Recentemente, o grupo
nigeriano Boko Haram jurou lealdade aos chefes da organização radical.
O EI ganhou espaço numa Líbia
destroçada pela guerra civil desde o fim da revolta que liquidou o ditador Muammar
Khadafi, em 2011. Atualmente, dois governos lutam pelo poder, um em Trípoli,
dirigido pela milícia Fajr Libya, e outro com sede leste do país, reconhecido
pela comunidade internacional. Milhares de refugiados deixam o país todos os
dias.
Fonte: Revista Veja Online