segunda-feira, 27 de abril de 2015

COMO VIVEM OS CRISTÃOS NA ETIÓPIA?

Recentemente, mais de 30 cristãos etíopes foram mortos pelo Estado Islâmico na Líbia. 22º país mais opressor aos cristãos, a perseguição na Etiópia se origina de diversas fontes: religiosa, política, tribal e comunitária. Nesse contexto, é muito importante fornecer formação educacional e profissional a esses irmãos, oprimidos pela intolerância.




Ao contrário da Nigéria, que tem apenas cem anos de formação como país, a Etiópia é uma das nações mais antigas do mundo. Os historiadores apontam seu início com Cuxe, neto de Noé (Gn 10.6).

O cristianismo tem raízes profundas na história da Etiópia, lançadas principalmente pela Igreja Ortodoxa Etíope. Hoje, essa igreja está bastante ligada ao Estado, o que gera interesses políticos no dia a dia dela. Por outro lado, os protestantes, que chegaram ao país há apenas duzentos anos, são independentes do governo. Por isso, são vistos com reservas. Muitos ortodoxos, e também muçulmanos, têm se convertido e se juntado à Igreja protestante, gerando ódio e perseguição por parte das autoridades do governo, da Igreja Ortodoxa e das famílias islâmicas.

Foi nesse contexto que Pedro*, um supervisor de projetos da Portas Abertas, encontrou um projeto de geração de renda bastante especial. Trata-se de um pequeno sítio produtor de laticínios que também produz carne suína. O objetivo do projeto é fornecer a evangelistas locais uma fonte de renda, a fim de não dependerem de doações para realizar seu ministério de pregar a Palavra. Eles trabalham meio período e no restante do tempo atuam como evangelistas. Além deles, há outros funcionários cristãos que retiram do sítio o seu sustento.

“Fiquei impressionado com o fato de o projeto ter sido idealizado por um pastor da cidade. Ele mesmo desenhou o conceito do sítio, a forma como funcionaria, e apresentou o esboço para um colaborador da Portas Abertas, a fim de obter investimento para sua ideia. O projeto foi aprovado”, conta Pedro. O supervisor também ficou admirado com a maneira que o trabalho no sítio é conduzido.

“Eles têm um controle preciso da vida dos animais. Registram dados da chegada do animal, as condições dele, sua produção e vida útil.” O trabalho é feito com tanto profissionalismo que se tornou modelo para projetos similares na Etiópia.

O produto do sítio é vendido nos mercados da cidade e desfruta de boa credibilidade junto à população.

*Nome alterado por motivos de segurança.
 Fonte: Revista Portas Abertas